O som do vazio...
O som vazio do silêncio? Ou de mim?
O som vazio de mim...
Deste buraco negro em que me transformei.
Esse ser oblíquo, cheio de luz, mas tão perdido.
Como se vê a beleza, depois de descoberta a solidão?
Sinto-me sufocar!
O sangue torna-se líquido espesso,
azedo, podre, sem validade,
massa pestilenta de desperdício,
envenenando-me...
Mas sou eu o veneno de mim.
Sou eu o desamor, o contra-censo,
a corrente de névoa e choro
a sentença do fim, a sentença de mim.
A sentença do meu fim.
Elis
Richard Avedon
Há 14 anos
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