domingo, 25 de julho de 2010

Na margem do rio













Sentei-me na margem do rio
e olhei a ondulação quase nula
Baloiçava as pernas,
deixando as pontas dos dedos tocarem a água.
Sorria
e recolhia pedras rasas
que pudéssemos atirar, juntos, ao rio.
Esperava-te ansiosa
com a calma de quem sente a paz
de um dia solarengo.

Sentaste-te a meu lado
e deste-me a mão.
As minhas pernas pararam
e encostei-me no teu ombro.

Ficamos a olhar o tempo.
A sentir o vibrar dos nossos corações
em uníssono.

Depois beijaste-me...
Corremos, rimo-nos,
atiramos pedras ao rio,
e deitamo-nos a olhar o céu.

Repousamos um no outro
e ficamos em calma,
partilhando a intemporalidade
daquele momento.

Imprimimo-nos um no outro
e passamos a ser
indissociáveis.

Elis

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