Inspirada por um exercício no blog "Macaquinhos no Sótão", decidi experimentar a elaboração de um poema sem verbos... Aqui ficam os dois resultados!
Quem quiser visitar o originário da experiência (os créditos a quem os merece), pode seguir este link: http://macaquinhos-nu-sotao.blogspot.com/2009/05/palavra-despida.html
Quem quiser visitar o originário da experiência (os créditos a quem os merece), pode seguir este link: http://macaquinhos-nu-sotao.blogspot.com/2009/05/palavra-despida.html
Flores murchas sobre a mesa,
portadoras de um coma emocional.
Baças, sem cor,
reflexo da tua ausência.
O teu lugar vazio no sofá.
Nas paredes, o eco da tua voz.
E o ar sem peso nem frescura
Como um espelho do vazio total.
Queda num buraco sem cor,
Luz ou Escuridão.
Sem sentimento bom ou mau.
Sem matéria. Sem coração.
Elis
Com os corpos lânguidos unidos
Envoltos na névoa quente da cama
Amparados apenas no amanhecer longínquo
O bafo quente dos beijos sôfregos
rasgos de carícias leves e loucas
Como sopros de alma
em rebentação explosiva de saliva
Enfeitiçante, a suavidade da pele na pele
tal como os lençóis embrulhados um no outro
Dentro de nós, chamas acesas
consumidas por respirações sofridas
– exposição do desejo e da entrega.
Elis
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