sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O desconforto de amar

Sinto-te tanto em mim!
E este sentimento engole-me o peito,
levando-me a acreditar
que tudo se corrói cá dentro.

O desconforto de amar.

Sinto-te tanto em mim.
E sinto-me tão viva.
E sinto-me a morrer,
em agonia, sorrindo.

O desconforto de amar.

Sinto-te tanto em mim.
No peito, bem cá dentro.
Por baixo da pele, nos ossos,
nos pulmões - entrando e fugindo.

Sinto-te em mim,
como uma passagem para a loucura de amar,
para o amor-loucura.
Corres-me nas veias, fluído,
como um veneno doce que embriaga
e me faz sentir!

Elis

0 comentários:

Enviar um comentário