terça-feira, 21 de setembro de 2010

A água reflectida na janela


A água reflectida na janela
cai-me levemente dos olhos.
O dia está cinzento
e não reconheço nada do que me rodeia

Choro involuntariamente,
como se o corpo quisesse expulsar
uma dor demasiado profunda;
Como se quisesse abandonar-me
em estado líquido;
fugindo, nessa mesma forma, das lágrimas.
Torna-se compreensível
que eu própria já me abandonei
em frente a essa janela,
chorando a tua ausência.

Elis

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