quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

À queima-roupa

À queima-roupa, disparas o teu veneno
Verborreia de impropérios e injustiças
Tratamento desigual, cretinice infantil e desmedida

Esfaqueias-me, empurrando mais e mais
as palavras que me rebentam em sangue,
remexendo e revolvendo o interior já desfeito

Trucidas a imagem de mim com argumentos maldosos
Rasgas a pele, o corpo, a vontade, a mente e o espírito
Arrancas à força a tua razão e deixas-me, em carne viva,
a arder na mágoa das navalhas proferidas

Tornas-te vidro cravado no peito,
latejante, sentido e desarmado.

Elis

1 comentários:

Filipe Pinto disse...

- Assim se dilacera um corpo frágil!

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